quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

Na defesa dos nossos direitos democráticos

Depois do desparecimento do Governo Fraga Iribarne e o relevo no Estado espanhol pola social-democracia do Governo quartelário do partido Popular, semelhavam abrir-se, em muitos sectores populares, certas expectativas de avanço democrático. Mas os factos venhem manifestar a fragilidade de tais expectativas: continuam sem serem reconhecidos os direitos nacionais das naçons que conformam o actual Estado espanhol, continua vigente a antidemocrática Lei de Partidos, mantenhem-se os tribunais de excepçom como a Audiência Nacional, Lluis Mª Xirinacs em prisom, começa o processo 18/98 contra 56 cidadaos bascos, mantém-se a presença de tropas espanholas no Afeganistám e Haiti, continua o assédio contra toda a dissidência política, social, sindical e juvenil... a democracia de muito baixa intensidade segue o seu curso.

Mas, se isto todo nom fosse pouco, na Galiza assistimos com alarme a um assédio, perseguiçom e criminalizaçom sem precedentes contra os movimentos juvenis organizados; eis as operaçons "Cacharrón" contra BRIGA e a última e mais espectacular se cabe contra a AMI, particularmente importante é a fraqueza jurídica das imputaçons feitas aos detidos e detidas, a quem ainda foi negada a presunçom de inocência a partir do circo mediático-político-policial que se montou à sua volta, aqui na Galiza. Assistimos também no decurso desta operaçom ao assalto dos centros sociais O Pichel, A Esmorga e A Revolta. Nestes assaltos, nom só fôrom incautados computadores, documentaçom privada destes centros, como também se produzírom espoliaçons económicas.

As Bases Democráticas Galegas temos que mostrar a nossa funda preocupaçom pola violentaçom de direitos fundamentais, pola restriçom aos nossos direitos civis de expressom e associaçom; pola falta de consideraçom da presunçom de inocência de qualquer detido ou detida, pola criminalizaçom de opçons políticas e ideológicas.

Das Bases Democráticas Galegas entendemos que som horas de sair à rua e berrar contra todas estas agressons e contra o continuísmo das políticas repressivas estabelecidas, por falar dum passado recente, nos oito anos de governo do Partido Popular.

Galiza, Dezembro de 2005